Alerta-se os utentes das praias na costa sul do Algarve para o aparecimento, nos últimos dias, de alguns espécimes de “caravela portuguesa” devendo ser evitado o contacto com esta espécie.
A “caravela portuguesa” (physalia physalis) é uma hidromedusa, de corpo constituído por uma estrutura emersa em forma de vela, de cor azulada e apresenta alguma transparência, à qual estão ligados longos tentáculos (que podem atingir vários metros), com filamentos urticantes que, em contacto libertam um “veneno”, causando dor intensa e instantânea e irritações cutâneas, mesmo que o animal se encontre fora de água ou morto.
Nos procedimentos a adotar no caso de ocorrer contacto físico com uma “caravela portuguesa”, aconselha-se a colocação de compressas de água do mar, gelada, e vinagre no local afetado, por períodos de 10-20 minutos, para alívio da dor. Não deve ser utilizada água doce ou álcool, pois provocam um aumento da libertação do veneno; também não se deve esfregar a área tocada, mas simplesmente tentar retirar os tentáculos ou partes da matéria ainda coladas à pele.
O manuseamento deste tipo de espécie marinha deve ser feito de forma indireta (luvas de proteção grossas, varas, camaroeiros, etc.), evitando qualquer contacto direto, mesmo quando se encontrem no areal, pois a toxina permanece ativa ainda que o animal fique exposto ao sol durante várias horas.